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" (...) compor meticulosamente o cadastro afetivo e o retrato fantástico-histórico de uma comunidade e de uma de suas remotas jornadas de meio século atras. E isso não com os instrumentos racionais, a ficha, o documento, o testemunho, caros ao arqueólogo do cotidiano, mas por meio de um sortilégio espontâneo de silhuetas que se esvaziaram gradativamente, uma depois da outra, numa parede: relicário de epifanias momentâneas, cinema de larvas dispersas; o insuficiente butim de um aprendiz de Noé que, depois do diluvio, para não esquecer o mundo, andasse a vasculhar os fosseis soterrados na areia (...) "
― Gesualdo Bufalino , Museo d'ombre
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" Se escribe para recordar, para ser recordado, para vencer la amnesia, el silencio, el agujero oscuro del tiempo. Se escribe también para no morir, para durar. Se escribe como medicina, para consolarse, para consolar. Para volver inofensivo al dolor. Se escribe para ser feliz, se escribe para testimoniar, para dejar testamento de uno. Se escribe para jugar. Se escribe para darle un sentido a la insensatez del mundo. Para evocar. Para bautizar las cosas, para prorrogar la vida, para persuadir, para seducir. Para profetizar. Para lavarse el corazón. Para conocerse, para saber quién somos "
― Gesualdo Bufalino , Argo il cieco