Home > Work > O Sétimo Selo (Tomás Noronha #3)
1 " (...) pensou na impermanência da vida, na transitoriedade das coisas, na efemeridade do ser; diante dele, a existência fluía como um sopro, sempre em mutação, tudo muda a todo o instante e nada jamais volta a ser o mesmo. Não há finais felizes, reflectiu de si para si. Todos temos um sétimo selo para quebrar, um destino à nossa espera, um apocalipse no fim da linha. Por mais êxitos que somemos, por mais triunfos que alcancemos, por mais conquistas que façamos, para a última estação está-nos sempre reservada uma derrota. Se tivermos sorte e nos esforçarmos por isso, a vida até pode correr bem e ser uma incrível sucessão de momentos felizes, mas no fim, faça-se o que se fizer, tente-se o que se tentar, diga-se o que se disser, aguarda-nos sempre uma derrota, a mais final e absoluta de todas.... "
― José Rodrigues dos Santos , O Sétimo Selo (Tomás Noronha #3)
2 " Embora não nos apercebamos disso, a Terra é um ser vivo constituído por biliões de seres vivos, as células, a Terra é um ser vivo constituído por biliões de seres vivos, a fauna e a flora. Por exemplo, se a temperatura mudar muito na Lua ou em Vénus, isso é indiferente para esses planetas, uma vez que estão ambos mortos, não passam de pedra e poeira. Tanto lhes faz que faça muito frio como muito calor, os planetas mortos são como esculturas de mármore. Mas as alterações térmicas não são indiferentes para a Terra, que se encontra viva e que, por isso, está constantemente a regular a sua temperatura e composição "
3 " ...as notas soavam melífluas, como o pipilar meigo das andorinhas a acolherem a Primavera "
4 " Um rapaz novo que trabalha aqui. A Deolinda passa a vida a exigir que o enfermeiro lhe ponha creme no ânus, mas o médico já a viu e conclui que não há problema nenhum com o ânus dela." Um risinho. "E a marota insiste. Diz que já não se fazem homens como antigamente, que são todos uns rabichos e exige que lhe ponham a pomada no ânus.""Diabo da velha", sorriu Tomás. "