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Jean Shinoda Bolen QUOTES

6 " O pilar e o anel em forma de círculo representam os princípios masculino e feminino. Na Grécia antiga o pilar era o "hérnia" que ficava do lado de fora da casa representando Hermes, enquanto a lareira redonda no interior simbolizava Héstia. Na índia e em outras partes do leste, o pilar e o círculo ficam "copulados". O lingam, ou símbolo fálico, penetra o yoni ou anel feminino, o qual se estende sobre ele como num jogo infantil de arremesso de argolas. Lá o pilar e o círculo juntavam-se, enquanto os gregos e os romanos conservavam esses mesmos dois símbolos de Hermes e Héstia relacionados, mas à parte. Para enfatizar mais essa separação, Héstia é uma deusa virgem que nunca será penetrada, como também a mais velha deusa olímpica. Ela é tia solteirona de Hermes considerado como o mais jovem deus olímpico - uma união altamente improvável.
Desde os tempos gregos as culturas ocidentais têm enfatizado a dualidade, uma divisão ou diferenciação entre masculino e feminino, mente e corpo, logos e eros, ativo e receptivo, que depois se tornaram valores superiores e inferiores, respectivamente. Quando Héstia e Hermes eram ambos honrados nos lares e templos, os valores femininos de Héstia eram os mais importantes, e ela recebia as mais altas honras. Na época havia uma dualidade complementar. Héstia desde então foi desvalorizada e esquecida. Seus fogos sagrados não são mais cuidados e o que ela representa não é mais honrado.
Quando os valores femininos de Héstia são esquecidos e desonrados, a importância do santuário interior, interiorização para encontrar significado e paz, e da família como santuário e fonte de calor ficam diminuídos ou são perdidos. Além disso, o sentimento de uma ligação básica com os outros desaparece, como desaparece também a necessidade dos cidadãos de uma cidade, país ou da terra se ligarem por um elo espiritual comum.
Num nível místico, os arquétipos de Héstia e de Hermes se relacionam através da imagem do fogo sagrado no centro. Hermes-Mercúrio era o espírito alquímico Mercúrio, imaginado como fogo elementar. Tal fogo era considerado a fonte do conhecimento místico, simbolicamente localizado no centro da Terra.
Héstia e Hermes representam idéias arquetípicas do espírito e da alma. Hermes é o espírito que põe fogo na alma. Nesse contexto, Hermes é como o vento que sopra a brasa no centro da lareira, fazendo-a acender-se. Do mesmo modo, as idéias podem excitar sentimentos profundos, ou as palavras podem tornar consciente o que foi inarticuladamente conhecido e iluminado o que foi obscuramente percebido. "

Jean Shinoda Bolen , Goddesses in Everywoman

19 " A group of women can constellate a Mother morphic field when we gather together in a sacred circle. We create a 'temenos,' which means 'sanctuary' in Greek. In a women's circle, every woman in the circle is herself and an aspect of every other woman there as well. There is no vertical hierarchy in a circle, and when a circle is a temenos, it is a safe place to tell the truth of our own feelings, perceptions, and experiences.

For a women's circle to work as a spiritual and psychological cauldron for change and growth, we need to see every woman in the circle as a sister who mirrors back to us reflections of ourselves. This means that whatever happened to her could have happened to us, that whatever she has felt or done is a possibility for us, that she is someone toward whom we feel neither superior nor inferior nor indifferent. These are not just concepts but the emotional reality that comes from listening to women tell the truth about their lives. Additional depth comes from the psychological awareness that strong reactions to another woman may occur because she represents something in ourselves that is psychologically charged; our reactions are not just about her but about us. Perhaps we can't stand her because she expresses experiences we have repressed; maybe we find her difficult because we react to her like we did to our personal mother or some other significant figure; maybe we are drawn to her because she embodies a potential in ourselves and the positive qualities we so admire in her are growing in us; maybe we avoid her because we fear our own addictions, dependency, or neediness. In this way, we are symbolic figures for each other that we need to understand as we would symbols in a personal dream. "

Jean Shinoda Bolen , Crossing to Avalon: A Woman's Midlife Quest for the Sacred Feminine