Home > Work > The Amethyst Ring (A Chronicle of Our Own Times #3)
1 " Monsieur Bergeret, com o nariz num livro grosso, pronunciou lentamente estas palavras: "A liberdade não tinha em seu favor senão uma ínfima minoria de pessoas instruídas. Quase o clero inteiro, os generais, a plebe ignara e fanática queriam um senhor."— Que está dizendo? – perguntou o senhor Mazure, agitado.— Nada – respondeu monsieur Bergeret. — Leio um capítulo da história da Espanha. O quadro dos costumes públicos ao tempo da restauração de Fernando VII. "
― Anatole France , The Amethyst Ring (A Chronicle of Our Own Times #3)
2 " — Em tese – disse o senhor Lerond –, um erro judiciário é uma coisa inverossímil. Direi mesmo que é uma coisa impossível, uma vez que a lei oferece garantias aos acusados. Digo-o em favor da justiça civil. Digo-o também a favor da justiça militar. Diante do Conselho de Guerra, o acusado, se não encontra todas as garantias nas formas um pouco sumárias do processo, poderá achá-las no caráter dos juízes. "
3 " — Mas, sendo o Exército uma administração como a Agricultura, as Finanças ou a Instrução Pública, não se concebe como possa existir uma justiça militar, quando não existe uma justiça agrícola, nem justiça financeira, nem justiça universitária. Toda justiça privada está em oposição aos princípios do direito moderno. "
4 " — Mas se tocarem nos conselhos de guerra – exclamou o senhor de Terremondre –, será o fim do Exército, será o fim do país!Monsieur Bergeret formulou esta resposta:— Quando os padres e os grão-senhores foram privados do direito de enforcar os vilões, acreditou-se que era o fim de tudo. Mas, depressa, viu-se nascer uma nova ordem, superior à antiga. Falo em submeter o soldado, no tempo de paz, ao direito comum. "
5 " Não concebo por que misturam, nesse caso, considerações políticas e paixões partidárias. Ele é superior a tudo isso, pois que é uma questão moral. "