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" They would soon see that criminal means, once tolerated, are soon preferred. They present a shorter cut to the object than through the highway of moral virtues. Justifying perfidy and murder for public benefit, public benefit would soon become the pretext, and perfidy and murder the end--until rapacity, malice, revenge, and fear more dreadful than revenge, could satiate their insatiable appetites. Such must be the consequences of losing, in the splendor of these triumphs of the rights of men, all natural sense of wrong and right. "
― Edmund Burke , Reflections on the Revolution in France
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" O governo não é feito em virtude de direitos naturais, que podem e devem existir em total independência dele, e existem em uma clareza e em um grau muito maiores de perfeição abstrata; mas sua perfeição abstrata é seu defeito prático. Por ter direito a tudo, eles querem tudo. O governo é um artifício da sabedoria humana para prover as vontades humanas. Os homens têm direito a que esses desejos sejam providenciados por esta sabedoria. Entre esses desejos está o reconhecimento da necessidade, numa sociedade civil, de um constrangimento suficiente sobre as paixões. A sociedade exige que não só as paixões dos indivíduos sejam submetidas, mas que, mesmo em multidões e organizações, bem como nos indivíduos, as inclinações dos homens sejam frequentemente contrariadas, suas vontades controladas, e suas paixões suprimidas. Isso só pode ser feito por um poder externo a eles, e jamais sujeito, no exercício da sua função, a essa vontade e às paixões que tem o dever de refrear e subjugar. Neste sentido, as restrições sobre os homens, bem como as suas liberdades, devem ser reconhecidas como seus direitos. Mas, como as liberdades e as restrições variam de acordo com os tempos e circunstâncias e admitem infinitas modificações, elas não podem ser estabelecidas sobre nenhum tipo de regra abstrata; e nada é tão tolo quanto discuti-las a partir desse princípio. "
― Edmund Burke , Reflections on the Revolution in France