" Acabei de chegar de Washington”, disse ele. “Vocês sabem como são importantes para o governo dos Estados Unidos?”
“Sei como sou importante para minha mãezinha, mas quanto ao governo dos Estados Unidos, não tenho certeza.” ■■■■■■ ■■■■■■ não pôde evitar um sorriso, embora ■■■■ tenha tentado manter
■■■■ cara amarrada. A rigor, deviam me mostrar rispidez.
“Está pronto para trabalhar com a gente? Se não, sua situação vai ficar muito ruim”, prosseguiu o homem.
“O senhor sabe que eu sei que o senhor sabe que eu não fiz nada”, eu disse. “Vocês estão me segurando porque seu país é bastante forte para se dar ao luxo de ser injusto. E não é a primeira vez que vocês sequestram africanos e os escravizam.”
“Tribos africanas venderam sua gente para nós”, ele respondeu.
“Em seu lugar eu não defenderia a escravidão”, contestei. Eu diria que ■■■■■■■■■■■■ era o mais poderoso, embora o governo deixasse outros órgãos tentarem a sorte com os detentos. É como
um camelo morto no deserto, sendo devorado por todo tipo de inseto.
“Se você não colaborar conosco, vamos mandá-lo a juízo e você vai passar o resto da vida na cadeia”, disse ■■■■ .
“Pois faça isso! "
― Mohamedou Ould Slahi , Guantánamo Diary: Restored Edition