" Então o mundo parou, os olhos na janela
toma a decisão certa, a decisão certa,
o medo de falhar volta sempre, não é
o medo de escolher a estrada errada,
o mundo parou, os olhos na janela,
as coisas, essas, correm sempre pelo pior,
pelo pior, e o medo, o medo volta,
volta sempre, sempre, tu e todas as coisas
do mundo numa harmonia do erro
e do cálculo falhado - o mundo parou.
O teu corpo é fraco, é fraco, fraco,
a tua mão desce dentro das cuecas
e masturbas-te freneticamente, o medo,
masturbas-te três quatro vezes seguidas,
o medo volta sempre, sempre, sempre,
e tens de tomar a decisão, a decisão certa,
porque o mundo dá voltas e voltas
e a certa alturas pára - tu não mandas nada,
simplesmente, e uma vez mais, o mundo parou.
Os teus olhos na janela, na janela da casa,
onde um sol bem quente te perturba os pensamentos,
ea tua boca a deitar fora as palavras,
toma a decisão certa, a decisão certa, certa,
com esse medo de falhar a cada esquina,
com esse corpo a verter sémen nos lençóis
e o medo, o medo, o medo, o medo,
a fazer abrir-te muito os olhos, a janela,
a fazer-te chorar um pouco, mas só um pouco,
naquela incerteza de coisa a fazer - sim,
porque tem de haver algo a fazer, não é?
Então o mundo parou, parou outra vez,
os olhos na janela, a decisão certa, certa. "
― , Pequena Antologia para o Corpo