1
" Além disso, somos individualmente o produto de forças que não escolhemos e que mal compreendemos. Não escolhemos nossos pais nem a época em que nascemos, e assim recebemos uma determinada herança genética sobre a qual não temos controle algum, mas que, até um ponto significante, tem controle sobre nós. Essa herança determina, em parte, as doenças a que somos suscetíveis e os limites de nossas capacidades intelectuais, atléticas e morais. Talvez não totalmente, mas o suficiente. Nascemos num ambiente que vai preencher o pouco espaço que sobra do que foi determinado geneticamente, um ambiente que, novamente, não escolhemos e sobre o qual mal temos controle, pelo menos durante nossos anos de formação. A maneira como somos e aquilo que fazemos são resultados de nossos genes e nosso ambiente, que, juntos, exercem em nós uma influência que compreendemos de forma bastante nebulosa. Era isso que os filósofos existencialistas, com Jean-Paul Sartre, por exemplo, queriam dizer quando afirmavam que somos jogados no mundo. "
― Mark Rowlands , The Philosopher at the End of the Universe: Philosophy Explained Through Science Fiction Films
3
" Quando tudo estiver ruim, lembre-se destas duas letras que formam uma palavra: GO. Vá. Vá em frente. Escreva, desenhe, pinte, fotografe, dance, costure, atue, cante. Portanto, quando estiver ruim, lembre-se destas duas letras que formam uma palavra. GO. Vá. Vá em frente. Apenas faça. "
6
" Passando fra gli insorti che si scostavano con religioso rispetto, [papà Mabeuf] continuò dritto verso Enjolras che indietreggiava impietrito, gli strappò la bandiera, e senza che nessuno osasse trattenerlo né aiutarlo, quel vecchio ottuagenario col capo vacillante, ma col piede fermo, salì lentamente la scala di pietre costruita nella barricata. Lo spettacolo era così serio che tutto all'intorno dissero: «Giù il cappello!». A ogni gradino che saliva diventava sempre più terribile: i suoi capelli canuti, il volto decrepito, l'ampia fronte calma e rugosa, gli occhi incavati, la bocca attonita e semiaperta, il vecchio braccio che sosteneva la bandiera rossa, uscivano dall'ombra e ingigantivano nel sanguinoso chiarore della torcia, e sembrava di vedere lo spettro del 1793 sorgere dalla terra inalberando la bandiera del terrore.
Quando fu all'ultimo gradino, quando quel fantasma tremante e terribile, ritto su quel mucchio di rovine dinanzi a milleduecento fucili invisibili, si drizzò in faccia alla morte come se fosse più forte di essa, tutta la barricata assunse nelle tenebre un aspetto colossale e soprannaturale. Vi fu uno di quegli istanti di silenzio che accompagnano i prodigi. In mezzo a quel silenzio il vegliardo sventolò la bandiera rossa e gridò:
«Viva la Rivoluzione! Viva la Repubblica! Fratellanza! Uguaglianza! E morte!». "
― Victor Hugo , Les Misérables