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" Todo aquele que, movendo-se no finito, torna-se consciente da existência de algo Infinito, deve formar uma concepção da relação que existe entre ambos. Aqui duas possibilidades se apresentam. Ou o Infinito se revela ao homem, e por meio dessa revelação desvela a relação realmente existente; ou o Infinito permanece mudo e silencioso, tendo o próprio homem que adivinhar, conjecturar e representar para si mesmo essa relação mediante sua imaginação; isto é, de uma maneira artificial. A primeira possibilidade é a posição cristã. Havendo o Infinito, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, nos tempos passados, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho – sendo este Filho não um mistério silencioso, mas a Palavra eterna, criadora e expressiva. O paganismo, pelo contrário, sendo destituído da revelação, anseia pelo símbolo, criando assim seus ídolos, “que têm boca, mas não falam; têm ouvidos, mas não ouvem”. O símbolo é um elo fictício entre o Infinito invisível e o finito visível. "

Abraham Kuyper , Em toda a extensão do cosmos: textos selecionados de Abraham Kuyper


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Abraham Kuyper quote : Todo aquele que, movendo-se no finito, torna-se consciente da existência de algo Infinito, deve formar uma concepção da relação que existe entre ambos. Aqui duas possibilidades se apresentam. Ou o Infinito se revela ao homem, e por meio dessa revelação desvela a relação realmente existente; ou o Infinito permanece mudo e silencioso, tendo o próprio homem que adivinhar, conjecturar e representar para si mesmo essa relação mediante sua imaginação; isto é, de uma maneira artificial. A primeira possibilidade é a posição cristã. Havendo o Infinito, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, nos tempos passados, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho – sendo este Filho não um mistério silencioso, mas a Palavra eterna, criadora e expressiva. O paganismo, pelo contrário, sendo destituído da revelação, anseia pelo símbolo, criando assim seus ídolos, “que têm boca, mas não falam; têm ouvidos, mas não ouvem”. O símbolo é um elo fictício entre o Infinito invisível e o finito visível.