" Às vezes erguia eu os olhos a algum vasto apartamento antigo cujos postigos não estavam fechados e onde homens e mulheres anfíbios, readaptando-se cada noite a viver em outro elemento que de dia, lentamente nadavam no denso licor que, ao anoitecer, surde incessantemente do reservatório das lâmpadas para encher as peças até à borda das suas paredes de pedra e vidro, e no seio do qual eles propagavam, deslocando os corpos, redemoinhos untuosos e dourados. "
― Marcel Proust , The Guermantes Way