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" [...] Porque a gente deixa uma impressão tão pequena, entende? A gente nasce e experimenta algo e não sabe por quê, mas continua experimentando, e a gente nasce ao mesmo tempo que uma porção de outras pessoas, tudo misturado com elas, como que tentando, precisando, mexer os braços e as pernas presos a cordões, só que os mesmos cordões estão amarrados a todos os outros braços e pernas, e os outros todos estão tentando e não sabem por que também, só que os cordões estão todos embaralhando uns com outros, como se cinco ou seis pessoas estivessem tentando fazer um tapete num mesmo tear, só que cada uma quer tecer seu próprio padrão no tapete; e é impossível que tenha importância, e você sabe disso, ou Aqueles que montaram o tear teriam organizado melhor as coisas, no entanto deve ter importância, porque você continua tentando, ou tendo que tentar, e então, de repente, acaba, e tudo o que lhe resta é um bloco de pedra com alguns rabiscos, contanto que haja alguém para se lembrar de mandar rabiscar e erguer o mármore, alguém que tenha tempo para fazer isso, e chove sobre o mármore, e o sol bate nele, e, depois de algum tempo, eles nem sequer lembram o nome e o que os rabiscos estavam tentando dizer, e isso não tem importância. "

William Faulkner


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William Faulkner quote : [...] Porque a gente deixa uma impressão tão pequena, entende? A gente nasce e experimenta algo e não sabe por quê, mas continua experimentando, e a gente nasce ao mesmo tempo que uma porção de outras pessoas, tudo misturado com elas, como que tentando, precisando, mexer os braços e as pernas presos a cordões, só que os mesmos cordões estão amarrados a todos os outros braços e pernas, e os outros todos estão tentando e não sabem por que também, só que os cordões estão todos embaralhando uns com outros, como se cinco ou seis pessoas estivessem tentando fazer um tapete num mesmo tear, só que cada uma quer tecer seu próprio padrão no tapete; e é impossível que tenha importância, e você sabe disso, ou Aqueles que montaram o tear teriam organizado melhor as coisas, no entanto deve ter importância, porque você continua tentando, ou tendo que tentar, e então, de repente, acaba, e tudo o que lhe resta é um bloco de pedra com alguns rabiscos, contanto que haja alguém para se lembrar de mandar rabiscar e erguer o mármore, alguém que tenha tempo para fazer isso, e chove sobre o mármore, e o sol bate nele, e, depois de algum tempo, eles nem sequer lembram o nome e o que os rabiscos estavam tentando dizer, e isso não tem importância.